quarta-feira, 12 de junho de 2013

Família Lodi lamenta 12 anos sem Aléxia e sem justiça

"Antes a opinião"

PROCURADO PELA JUSTIÇA

De santo Martinello não tinha nada. Que sociedade é esta? Que covardia com uma criança. Não cheguei a conhecer o caso, mas fico indignado com uma pessoa assim. Reflexo de que as pessoas de hoje em dia não tem Deus no coração.


Sempre que se aproxima o dia 12 de junho, uma ferida na sociedade luverdense volta a sangrar. Há exatos 12 anos, uma garota com seis anos idade foi violentada e morta de forma cruel e sanguinária. O acusado, Santo Martinello, era proprietário da chácara onde a criança vivia com a mãe e o irmão.


Naquela tarde, a pequena Aléxia Carolina Lodi Aragão ficaria sozinha em casa, enquanto o irmão iria para a casa da avó e a mãe ao trabalho. Quando o irmão voltou para a casa, encontrou a cena. Alexia morta sobre a cama da mãe, com sinais de estrangulamento e lesões múltiplas.

Descontrolado, o garoto saiu para a rua gritando por socorro, e logo a cidade inteira ficou sabendo do fato. Um jovem que trabalhava na chácara vizinha chegou a ser detido e acusado pelo crime. Inocente, foi liberado e sua família foi embora da cidade.

Santo Martinello, um homem que se dizia “amigo” da família, e chegou a ajudar a carregar o caixão se tornou o principal suspeito. Uma vizinha da chácara onde ocorreu o crime testemunhou que Santo esteve por três vezes na casa durante a tarde.

Mas seu álibi era forte. Quando um respeitável empresário poderia ter cometido tal atrocidade, contra uma criança de seis anos? Poucos dias depois do fato, uma mulher que mantinha um relacionamento com Martinello denunciou o amante, que tinha arranhões nos braços e lesões no órgão genital. Aléxia tinha tecido humano sob as unhas, por ter tentado resistir ao ataque do seu assassino.

Santo Martinello chegou a ficar preso na cidade de Sinop, mas no inicio do ano de 2002, o advogado Claudio Alves Pereira obteve uma liminar permitindo que ele respondesse em liberdade. O Ministério Público recorreu e a prisão foi mantida, mas era tarde.

Desde então, Santo Martinello fugiu e nunca mais foi visto na cidade de Lucas do Rio Verde. Em 2004, seu advogado entrou na comarca de Lucas com um pedido de exame de DNA de um homem autor de um homicídio com traços semelhantes. Pereira queria que o material genético desse homem fosse confrontado com material colhido no corpo da criança.

A mãe da pequena vitima contestou a ação do advogado, dizendo que ele só queria criar um assassino para livrar seu cliente. O exame anterior, que apontava Martinello como principal suspeito, revelou que o material que foi encontrado no corpo de Aléxia não era sêmen, e sim um liquido típico de quem faz vasectomia, o que apontava para Santo Martinello.

Em 2006, a Interpol incluiu Martinello na lista de procurados. O Poder Judiciário tentou por várias vezes descobrir o endereço de Santo Martinello, mas foi em vão. Há 12 anos a família Lodi busca uma resposta para o crime que tirou a vida da criança, que teria hoje 18 anos.

Leila Lodi mora hoje em Cuiabá e tem um neto. A maioria da família, no entanto mora em Lucas e tenta levar a vida sem pensar na tragédia que marca sua história. A sociedade luverdense aguarda com ansiedade pelo dia em que Santo Martinello seja capturado e pague pelo mal que causou, pois como diz uma das tias de Aléxia, a impunidade gera os estupradores, e impunidade é o que não se quer para esse caso.

A sensação de impunidade aumenta o sofrimento aumenta a dor e o sofrimento da família.É preciso fechar essa ferida, para que não sejam produzidas novas Aléxias.

FONTE: www.leialucas.com.br

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