quinta-feira, 19 de setembro de 2013

COPA 2014 - Secretário da SECOPA/MT apelida Arena Pantanal de Elefante Diamantado

"Antes a Opinião"
Diamantado deveria ser o investimento na educação, na saúde, no bem estar social e profissional de cada cidadão matogrossense. Evoluir é ótimo mas sem fraudes, falcatruas e superfaturamento.

Denúncia de suposto sobrepreço foi rechaçada por secretário da Secopa. Maurício sustentou que a qualidade e a durabilidade das cadeiras atendem a determinações do projeto da obra.

O secretário Maurício Guimarães, da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), convocou a imprensa cuiabana na manhã de quarta-feira (18) para esclarecer a informação do suposto sobrepreço nas cadeiras da Arena Pantanal, fato que ganhou repercussão nacional na última semana. A justificativa apresentada pelo gestor está baseada no argumento da qualidade e durabilidade do material utilizado para confeccionar os assentos. Guimarães chegou a exaltar tais características, que, segundo ele, ajudarão a transformar a Arena em um “elefante diamantado”.
“Quanto mais flexibilidade e melhor qualidade você tiver no que disponibiliza para uso, mais opções e oportunidades você tem para transformar isso aqui [a Arena], não digo nem em ‘elefante dourado’, eu estou dizendo em depois de ouro, até diamantado”, afirmou ao lembrar que o estádio tem caráter multiuso e deverá sediar outros eventos pós-Copa, por isso precisa ter qualidade e ser atrativa.
De acordo com a denúncia, a Secopa pagou cerca de R$ 436 em cada uma das 44,5 mil cadeiras adquiridas para serem utilizadas nas arquibancadas do estádio. O contrato foi fechado com a empresa Kango Brasil Ltda, que também vendeu cadeiras para o Estádio Mané Garrincha, de Brasília, por R$ 175 a unidade. No total, o contrato das cadeiras em Cuiabá foi fechado por R$ R$ 19,4 milhões, enquanto Brasília pagou R$ 12,7 milhões, para fornecer quase o dobro (72,4 mil cadeiras).
Com amostras dos quatro modelos de cadeiras que foram comprados pela Secopa no local da entrevista coletiva e de um modelo que teria sido adquirido para o Mané Garrincha, o secretário Guimarães afirmou que não é possível fazer comparações. Ele argumenta que os assentos adquiridos tanto em um estádio quanto em outro obedecem a determinações claras e específicas dos projetos das construções.
“Desde 2009 existia uma concepção e um detalhamento das cadeiras. Eu não quero fazer comparação de preços de uma cadeira para outra, porque são especificações de projetos totalmente diferenciados. As nossas são esses quatro modelos [foto]. Se formos fazer comparação com Brasília, lá cada assento custou R$ 19 mil. E no nosso, R$ 12 mil”, disse ao dividir o custo total dos estádios pela quantidade de cadeiras. Em Brasília, o Mané Garrincha terá um custo final de R$ 1,37 bilhão, e a Arena Pantanal, R$ 560 milhões.

Amostras dos modelos de cadeiras compradas para a Arena Pantanal. As oficiais serão azuis. (Foto: Edson Rodrigues/Secopa)
Para exemplificar o argumento, Guimarães citou o valor da cobertura projetada para o Mané Garrinhcha, que chega aos R$ 250 milhões. Em Cuiabá, a cobertura do “Novo Verdão”, segundo o secretário, está orçada em R$ 30 milhões. “São projetos diferentes com especificações diferentes. Cada projeto tem a suas especificações, cada projetista e arquiteto encaixa dentro do projeto uma característica disso ou daquilo. No caso das nossas cadeiras, por exemplo, elas tem especificação para ter maiores conforto e durabilidade do que a cadeira usada para comparação [a de Brasília]. Então, por isso nós rechaçamos essa afirmação de que houve sobrepreço. São coisas diferentes”, disse.
POR RENAN MARCEL - REPORTERMT

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