segunda-feira, 16 de setembro de 2013

GREVE DOS PROFESSORES - Sem acordo e sem aulas

"Antes a Opinião"
'O professor sábio sabe que cinquenta e cinco minutos de trabalho mais cinco minutos de risada valem o dobro do que sessenta minutos de trabalho invariável'. Esta frase de Gilbert Highet, simplifica bastante a luta incansável dos professores do Estado de Mato Grosso, ou seja, se não for por essa ação nobres deles nosso alunos poderão sofrer muito mais nos dias que estão por vir, bonito seria se o aluno da rede estadual estivesse lá, somando forças contra esse Governo que não da a mínima para educação.



Como já era esperado, os professores da rede estadual de ensino, que estão de braços cruzados desde o dia 12 de agosto, decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado até que o governo do Estado resolva ceder e atender o pleito da categoria que reivindica entre outras coisas, reajuste salarial de 10,41%. A decisão foi unânime, entre os professores e representantes sindicais que vieram de várias cidades mato-grossenses para participarem da assembleia-geral da categoria.

A greve completou 36 dias nesta segunda-feira e não existe previsão para ser suspensa. Os alunos terão que repor as aulas perdidas no início de 2014, pois neste ano não haverá mais tempo suficiente para isso. São cerca de 450 mil alunos sem aulas em todo o Estado, pois a paralisação atinge 90% dos 38 mil servidores que atuam nas 744 escolas estaduais.

O encontro ocorreu na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, na tarde desta segunda-feira (16) e na prática, só oficializou a posição já defendida pelos profissionais. Eles não pretendem recuar, mesmo depois que o Tribunal de Justiça ficou do lado do governo do Estado quando o desembargador Marcos Machado, acatou na última terça-feira (10) uma ação impetrada pelo Estado e mandou os grevistas voltarem às salas de com um contingente mínimo que garanta a continuidade dos serviços educacionais.
O prazo dado foi de 72h e venceu nesta segunda-feira. Mas, no mesmo dia da decisão o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes do Nascimento, já havia dito que tal decisão não seria cumprida.
Na ordem judicial, o magistrado não declarou a greve como ilegal, e sim como “abusiva”, porque segundo ele, não foi respeitado o “contingente mínimo a garantir a continuidade dos serviços educacionais". Por outro lado, o sindicalista rebateu e disse que abusiva é a posição do governo que prometeu negociar, disse que apresentaria uma proposta à categoria, mas recorreu à Justiça contra o movimento grevista.
Henrique Lopes do Nascimento justificou nesta tarde que a paralisação foi mantida e segue adiante porque não houve elementos que justificassem a suspensão da greve. “A proposta que o governo disse estar elaborando desde o dia 3 não foi apresentada até o momento e por isso não temos nenhum motivo para suspender a greve”, afirma o sindicalista ao explicar que a assessoria jurídica do Sintep já recorreu para tentar cassar a liminar favorável ao Estado. “Esperamos que o governo não espere a greve chegar até as últimas instâncias judiciais pra negociar com a gente”, lamentou ele.

POR: Welington Sabino-GD
FOTOS: Otmar de Oliveira

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