"Antes a Opinião"
É doído quando colocamos o dedo na ferida não é verdade? Total irresponsabilidade dos executores da obra em andamento é claro que de forma alguma deixariam que fosse registrado imagens verdade. Tenho orgulho de colegas profissionais corajosos que deixam gente grande com um certo patamar de responsabilidade irritados, porque a imprensa eticamente clara faz jus a verdade.
Durante apuração do incêndio que atingiu a Arena Multiuso Pantanal nesta sexta-feira (25), a jornalista do RepórterMT Mayara Michels foi agredida pelo gerente de produção da empresa Mendes Júnior, o engenheiro civil Lenoir Carlos Brigido. A profissional foi barrada no canteiro de obras e teve seu celular apreendido pelo funcionário.
Assim que chegou na Arena Pantanal, por volta das 14:30h, Mayara se identificou como repórter e chegou a receber os equipamentos de segurança para entrar no estádio em obras. Em seguida, se dirigiu ao foco do incêndio para registrar imagens e vídeos da ação do Corpo de Bombeiros, que já tentavam aplacar as chamas iniciadas no depósito de isopor, localizado no térreo da construção.
A jornalista conta que se aproximou de três homens vestidos com uniformes da Mendes Júnior. Como era a primeira profissional da imprensa a entrar no local, após fazer as fotografias de um aparelho de celular, se dirigiu até os funcionários para colher informações sobre o incidente.
Após se identificar, passou a ser tratada de forma ríspida e foi acusada de não ter autorização por escrito para estar no local. Lenoir decidiu arrancar o aparelho celular das mãos de Mayara e tentou expulsá-la da Arena Pantanal chamando seguranças da obra.
Constrangida com a situação, a repórter afirmou que só se retiraria após receber seu celular de volta. O engenheiro civil então exigiu que ela apagasse todas as imagens e vídeos que havia feito durante a apuração do incêndio. Sem escolhas, Mayara se viu obrigada a deletar os arquivos.
Retirada por seguranças, a vítima afirma que, já do lado de fora, foi intimidada por outros funcionários da empresa. Um deles chegou a tirar uma fotografia bem próxima do seu rosto. Orientada pelo advogado do site André Castrillo, Mayara registrou boletim de ocorrência e irá representar criminalmente contra a censura sofrida.
De acordo com o advogado, a representação criminal pode caracterizar apropriação indébita e agressão. Além do gerente, a própria Mendes Júnior pode responder à ação, já que o homem estava como preposto da empresa.
Mayara Michels Cunha
Repórter do Site: WWW.REPORTERMT.COM.BR
SINDICATO EM MATO GROSSO
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (SindjorMT) afirmou que não tem a figura de um presidente e que, por isso, não poderia se manifestar sobre a censura sofrida por Mayara sem antes consultar o colegiado, formado por cinco membros diretores.
No entanto, garantiu que irá se posicionar assim que os fatos forem analisados pelo conselho.
Confira o boletim de ocorrência registrado pela vítima:
REPORTAGEM ANA ADÉLIA JÁCOMO
FONTE - WWW.REPORTERMT.COM.BR
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